sábado, 22 de outubro de 2011

OFICINA DE BARRO - ARTETERAPIA NA FLOR DA MANHÃ.

ARTETERAPIA
OFICINA DE BARRO
Arte = Agir
Terapia = transformação
Arteterapia = Ação de transformar através da arte



 “Dando forma à argila, ele deu forma à fluidez fugidia de seu próprio existir, captou-o e configurou-o. Criando, ele se recriou.”. Fayga Ostrower

A arteterapia é um ato de sentir, no qual além de falar, mostramos, criamos e retratamos sentimentos.

É uma atividade milenar, desenvolvida como técnica desde o início do século passado. Facilita o rompimento da armadura protetora dos sentimentos, liberando emoções mais profundas através da manipulação e contato com a arte.
É um processo dinâmico, espontâneo e criativo onde representamos simbolicamente, através da arte, nossos sentimentos e emoções, desenvolvendo autoconhecimento.
Ao criar, expressamos nossa existência e emoções mais profundas. A arteterapia tenta lidar com este processo.

Não há necessidade de qualquer conhecimento prévio para participar do processo de arteterapia, pois é priorizada a expressão criativa e espontânea.
A Oficina De Barro é um Processo Terapêutico que, através de atividade lúdica, amplia a criatividade e o potencial pessoal, onde a expressão artística é desprovida de valor estético, preocupada apenas em dar forma concreta ao imaginário simbólico.
A possibilidade de livre expressão de cada individuo, objetivando a recuperação de sua capacidade criativa é o principal a ser valorizado neste processo. O processo de criação é mais rico do que a obra.

Modelar a emoção põe a energia em movimento, traz a relação, o diálogo e o encontro com a natureza mais profunda, com o criativo. (Regina Chiesa)


É poder criar, sem preocupação com a estética e sim preocupado apenas com a expressão dos sentimentos. È uma atividade regeneradora por favorecer um canal não verbal com o inconsciente. Modelagem em argila favorece um suporte a nossos afetos.

Sendo a argila modelável, facilita a espontaneidade registrando representações da vivência. Criando imagens tridimensionais comunicamos a dimensão pessoal, possibilitamos a percepção interna melhorando o auto conhecimento e a integração com o mundo.

Por ser uma atividade em grupo, não possui caráter interpretativo, ou seja, existe o comentário sobre o material produzido sem análise de seu conteúdo.

Trabalha temas como: medos, auto-estima, ansiedade, angustia, desconforto, tristeza, agitação, agressividade e outros sentimentos.
Favorece a diminuição de stress, o alivio de tensões e ansiedades, a melhoria de comunicação, a liberação de emoções e conflitos internos e a reorganização interna.

Auxilia na coordenação motora, no equilíbrio físico, mental e espiritual e a trabalhar metas e resolução de problemas.



As artes têm o poder de alcançar emoções profundas, podendo mudar a maneira como você se sente em relação ao mundo e a si mesmo”. (Daniel Brown)

OS ELEMENTOS


Segundo a tipologia junguiana e as funções reguladoras da consciência, os materiais como elementos alquímicos são classificados como:
Sentimento = Água
Pensamento = Ar
Sensação = Terra
Intuição = Fogo

 Diversas culturas incluem os quatro elementos nas suas tradições filosóficas, religiosas e mitológicas, como sendo manifestações da energia primária, força vital ou prana.

Os alquimistas chamavam de quintessência o que é obtido a partir da síntese dos quatro elementos, relacionando-a ao ouro, sendo a flor um de seus símbolos.

Num pequeno tratado zen-budista sobre Bodhidharma, escrito em 1004 A.C., os elementos tradicionais são representados como as quatro qualidades que compõem a criação: luz(fogo), ar, fluidez(água) e solidez(terra).
Os elementos podem ser relacionados aos processos de como uma pessoa se adapta à realidade e como compreende o mundo. Na psicologia de Jung, eles estão relacionados aos processos elementares de consciência que ele chama de funções: intuição, sensação, sentimento e pensamento.
Estes exemplos, assim como muitos outros não citados aqui, revelam que os elementos foram considerados como uma realidade vital, com a qual os antigos tinham que lidar. Hoje, esta forte simbologia continua permeando grande parte do conhecimento, da mística, do imaginário e da psicologia; por isto tudo, a sua aplicação continua na prática terapêutica.


A Natureza Humana do Elemento Terra

*   SENSAÇÃO = TERRA ...

É o Elemento mais estável e seguro - energeticamente, aquele com a vibração mais lenta e por isso mais densa.

A Terra é o mundo do corpo, dos sentidos físicos e dos próprios objetos com os quais nos relacionamos. É a Terra que dá forma e confere realidade, solidez, estrutura, a tudo o que existe. Por isso a Terra está associada às formas

“Simbolicamente, a terra opõe-se ao céu como princípio passivo; o aspecto feminino; a obscuridade; o Yin”. (Dicionário de símbolos) 

A terra nos proporciona uma base estável, nos dá nutrição e proteção, simboliza o arquétipo da Grande Mãe Estão relacionados a este elemento, a segurança, a permanência, a estrutura, o corpo físico e o reino material. Também podemos relacionar as cores marrom e verde.


Este é o elemento ao qual somos mais próximos, já que é nossa casa. A terra não representa necessariamente a Terra física, mas aquela parte da terra que é estável, sólida, da qual dependemos.
A Terra é o reino da abundância, prosperidade e riqueza. Ela é o mais físico dos elementos, pois sobre ela todos os três se apóiam. Sem a terra a vida como a conhecemos não existiria.
Signos de Terra
Os signos com símbolos da terra -Touro, Virgem Capricórnio, - são realmente voltados para o plano físico e denotam sexualidade ou ausência dela. Cada um deles enfatiza diferentes aspectos dessa tendência, segundo sua qualidade, regente etc.


DEVEMOS NOS ABASTECER SEMPRE, ATRAVÉS DE NOSSA LIGAÇÃO COM A TERRA, PARA PODERMOS CONTINUAR LIVREMENTE, SEM NOS EXAURIRMOS. (...) NOSSA RAIZ É NOSSA FORÇA.” Jung


Ziza De Toni é Psicóloga, arteterapeuta e terapeuta comunitária. Possui experiência nas áreas clínica, escolar e de recursos humanos. Atua como moderadora de processos grupais participativos desde 2003.
Psicoterapeuta na abordagem junguiana, desenvolve oficinas de arteterapia individual e grupal como processo terapêutico e de autoconhecimento.
É também graduada em Comunicação Social/Relações Públicas.
Contato: 9123-2329

Bibliografia
BAPTISTA, Ana Luisa. Circulo psico-orgânico e ciclos arquetípicos na arteterapia. Imagens da Transformação nº9
CERRANO, Eveline. A argila como instrumento terapêutico e expressão do imaginário. Imagens da transformação nº 9
PAIN, Sara; JARREAU, Gladys. Teoria e técnica da arte-terapia; a compreensão do sujeito. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain.  Dicionário de Símbolo (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números). 12. ed., Rio de Janeiro, José Olympio, 1998.
CHIESA, Regina F. O diálogo com o barro e o encontro criativo. Coleção arteterapia. Casa do psicólogo. 
FRANZ, M. L.; HILLMAN, J. A tipologia de Jung. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 2002.
JUNG, C. G. Tipos psicológicos. Petrópolis: Vozes, 1991. (Obras completas; 6).
contribuição ZIZA DETONI

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