AS CRÔNICAS DE MARIA PAULA

LANÇAMENTO EM BRASÍLIA DO LIVRO "LIBERDADE

CRÔNICA" DE MARIA PAULA
postado em 21/10/2011 por Sandra UGA

MARIA PAULA ontem na FNAC do PARKSHOPPING. Proporcionou para os brasilienses uma sessão de muitas reflexões para um mundo cada vez mais consciente de seus deveres e direitos.

SÁBIAS PALAVRAS de MARIA PAULA
Extremamente inteligente e com muita eloquência, Maria Paula descreveu seu processo artístico literário como uma nova etapa de sua vida e carreira.
Parabéns Maria Paula, por ser esta guerreira do bem e mãezona da UGA também.

Maria Paula sempre bela mostra que a mulher é plena e perfeita naturalmente.





Pintura de Sandra UGA para Maria Paula





Brenda, Paulinha, Sandra e Patrick na noite de autógrafos da Liberdade Crônica.
Os Pais de Maria Paula



Organizadoras do evento do Fnac Marcela, Catarina e Lídia.



   
CRÔNICA da Revista de Domingo do Correio Brasiliense.
A pureza que ainda nos resta

O Brasil é uma joia rara! Não é à toa que os olhos do mundo estão voltados para as belezas daqui... Além de um povo alegre e hospitaleiro, que consegue manter o sorriso no rosto apesar de tantas dificuldades, temos as florestas mais incríveis, o litoral mais exuberante, sem falar nas chapadas mais suntuosas, e por aí segue uma lista interminável de riquezas naturais inigualáveis.
      Pesquisadores descobriram recentemente que o Rio Madeira tem o maior número de espécies de peixes do mundo: são cerca de 800 e vão de piramboias a arraias, de peixes-gatos a acarás-bandeiras, de bagres a piabas, de lambaris a peixes-elétricos... E o mais curioso e extraordinário é que tal posto de campeão pode a qualquer momento mudar, já que o Madeira foi apenas o primeiro rio a ser alvo de tal pesquisa, seguindo futuramente por outros gigantes, como o Tocantins, o Tapajós e o Xingu!

       Nossos tesouros ainda nem foram descobertos e já enfrentam ameaças violentas. A Hidrelétrica de Belo Monte é um exemplo e põe em risco a diversidade de espécies mais fantástica do planeta, isso sem falar no novo Código Florestal, que promete dar aos desmatamentos criminosos o respaldo da lei!
       Como ainda não percebemos que nosso maior patrimônio é a natureza? Temos água potável, terras cultiváveis e ecossistemas, cuja diversidade é incomparável, e, mesmo assim, não conseguimos entender o enorme valor dos bens que possuímos.
       Que país é esse que não dá a devida importância ao fato de ter em suas origens a sabedoria do povo indígena? Ao contrário do que deveríamos, estamos destruindo a herança que nos é de direito. A pureza da forma com que as sociedades indígenas se organizam, elegendo o respeito ao coletivo como objetivo máximo, deveria ser idolatrada e não desprezada por nós.
       Gostaria que estivéssemos preocupados em preservar as centenas de etnias que ainda habitam a vastidão de nossas terras, interessados na sofisticação que existe por trás de culturas que se reúnem para sonhar seu futuro e prontos para reconhecer o privilégio que é carregar tal história em nosso sangue. No entanto, a triste constatação é a de que não estamos conscientes da preciosidade que temos nas mãos.  

 

É com imensa alegria que a UGA passa a palavra para nossa criadora e incentivadora Maria Paula



CRÔNICA DE MARIA PAULA da Revista de Domingo do jornal Correio Brasiliense
18 de maio de 2011 

A educação
sem noção






BRASÍLIA –O Programa Nacional do Livro Didático, do Ministério da Educação (MEC), distribuiu a cerca de 485 mil estudantes jovens e adultos do ensino fundamental e médio uma publicação que faz uma defesa do uso da língua popular, ainda que com incorreções. Para os autores do livro, deve ser alterado o conceito de se falar certo ou errado para o que é adequado ou inadequado. Exemplo: “Posso falar ‘os livros?’ Claro que pode, mas dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito linguístico” – diz um dos trechos da obra  Por uma vida melhor, da coleção Viver, aprender. Outras frases citadas e consideradas válidas são “nós pega o peixe” e “os menino pega o peixe”.






Era só o que faltava!

       Há tempos venho me preocupando com os rumos tomados pela educação, torcia para que novos paradigmas se apresentassem e ocupassem o centro do debate. Só que eu imaginava que fôssemos bis reinventar de forma mais inteligente e condizente com a revolução que a internet propiciou, facilitando o acesso a informação de forma tão contundente. Nunca poderia supor que os próximos passos seriam para trás!
        A notícia acima, publicada na capa do jornal O Globo de 14 de maio de 2011, me deixou desanimada, desolada diante de um enorme sentimento de frustração.
       O fato é que vivemos num mundo cujas mudanças ocorrem em alta velocidade e a necessidade de reflexão para que nos adequemos da melhor forma às transformações é constante. Muito tem se comentado sobre o fato de que os jovens se recusam a deixar seus “gadgets” fora da sala de aula. Em países mais antenados, como a Austrália, já ficou previamente estabelecido que está garantido o direito de trazer a rede para a escola, inclusive nos dias de prova. Eles encontraram formas alternativas de garantir que os alunos não estariam simplesmente recortando e colando as informações, mas se utilizando de ferramentas legítimas para aprofundar o conhecimento.
        Enquanto isso, no Brasil, a contribuição do governo vai no sentido inverso. Já posso ver Seu Craysson saindo da piada e tomando de assalto os livros didáticos dentro de sala de aula: “O paísio que vivêmios é o meior do mundio... Eu recomêndio e agarântio!”
         Minha sugestão é aproveitar a tecnologia para espalhar a informação e pensar numa mudança estrutural, focada no conteúdo do que é ensinado na escola. Já é hora de pararmos de promover a competição desenfreada e de nos preocuparmos um pouco mais com a formação do espírito de nossos jovens. Mesmo porque está tudo interligado e está claro que ao aprender teoria musical, por exemplo, teremos mais recursos para dominar conceitos matemáticos. Ou que ensinando arte e literatura estamos investindo na formação do caráter de nossos estudantes, que poderão aprimorar sua virtudes sem perder de vista noções básicas de convívio social e respeito ao próximo.
     
 



Crônicas da MARIA PAULA na Revista de Domingo do Correio Brasiliense.



A superlua do equinócio






DIA 27/03/2011 No último fim de semana,  
vários eventos astronômicos              
aconteceram ao mesmo
tempo, trazendo ao
nosso planeta um período
altamente auspicioso!                                        
A superlua
estava sendo aguardada
há 18 anos,
desde 1993, quando
brilhou nos céus
pela última vez. Esse
fenômeno, chamado
de Perigeu,
ocorre sempre que
nosso belo satélite
alcança seu ponto máximo
de aproximação
da Terra — lembrando que
a órbita lunar é elíptica e não
circular, o que faz com que a
distância varie.
Pois bem, no sábado passado,
a Lua esteve 6.530km
mais perto de nós do que o
normal, o que fez com que
ficasse 30% mais brilhante!
Isso, somado ao fato de
que o equinócio de outono
também ocorreu no
mesmo dia, fez da madrugada
de sábado para domingo,
20 de março, uma das mais
especiais de nossas vidas!
Realmente foi uma noite de
esplendor inigualável e eu, assim
como milhares de outras pessoas
ligadas nesse tipo de acontecimento,
fiz questão de participar de um ritual.
Uns índios da tribo Huni-kuin vieram até o
Rio de janeiro para fazer uma grande celebração,
com cantos e danças típicas dos povos da
floresta, e eu tive a sorte de poder compartilhar esse
momento tão incrível!
O lugar escolhido foi uma chácara no meio da Floresta
da Tijuca, o que por si só já trazia um grande encanto
àquela noite. As árvores enorme, o frescor do ar, os sons
de animais diversos, como macacos-prego, micos-estrela,
grilos e pássaros diversos, enchiam o ambiente de magia.
Quando os índios chegaram e se juntaram a nós numa
grande roda, vestidos com seus cocares deslumbrantes
e com seus corpos pintados, tive a certeza de que sou
abençoada por pertencer a um povo
cujas origens trazem tanta sabedoria
ao planeta!
Aquele velho papo de que
todo brasileiro tem um
pouco de índio, negro e
europeu no sangue, de
repente, me encheu
de esperança. Na primeira
parte do ritual,
ficamos sentados em
profundo estado de
meditação enquanto
o pajé, acompanhado
por chocalhos, entoava
cantos de uma suavidade
tocante.
O clima era de tanto
respeito e delicadeza que
me vi refletindo sobre a realidade
urbana a que estamos inseridos
e a brutal competição
a que somos impelidos a
aceitar e a participar desde
nossos primeiros anos de
vida. Nossa correria, nossa
gritaria, nossa grosseria
diante do próximo,
que geralmente é atropelado
furiosamente por
nossos hábitos consumistas,
saltaram aos meus olhos
e senti vergonha pela
forma banalizada com que
nosso mundo foi se tornando
mais e mais descartável!
Aquele luar intenso e aqueles índios
no auge de sua sofisticação me
deixaram muito consciente da transformação
urgente que a nossa sociedade precisa passar
se quiser escapar da autodestruição.
E, em meio à alegria das danças acompanhadas
pelos tambores do fim do ritual (já ao amanhecer),
desejei ser capaz de fazer algo concreto para
ajudar nessa transformação. Meu primeiro passo é escrever
e, quem sabe, conseguir fazer com que você, que
chegou até aqui comigo, possa também encarar a situação
e propor novas saídas antes que seja tarde.
Caso tenha alguma inspiração, por favor, me escreva e
vamos unir nossas intenções nessa busca por uma sociedade
mais saudável.
Bom domingo!



DIA 03/04/2011





www.artesandra.com.br.
União
Global
de
Atitudes

Fiquei muito tocada com a resposta
imediata dos leitores à minha
crônica da semana passada. Percebi
que, assim como eu, muita gente
quer partir para a ação de alguma
forma e contribuir para o bem-estar
do planeta em que vivemos. Várias
ideias incríveis me foram enviadas e
agradeço ao Petrus, ao padre Rafael,
ao Célio e a todos os outros pelas
mensagens animadoras.
Um e-mail em especial me chamou
a atenção e tive vontade de
compartilhar trechos dele com os
amigos leitores. Com vocês, as palavras
inspiradas da amiga Sandra:
“…precisamos nos unir em atitudes
benéficas para a manutenção da
vida neste planeta. Me veio a sigla
Uga – União Global de Atitudes (adoro
dar nome aos bois, rsrsrs).O primeiro
passo já foi dado com sua magnífica
ideia de atrair leitores de sua
coluna para compartilharmos esse
momento crucial em nossas vidas.
O segundo passo deverá também
partir de sua generosidade em cadastrar
esse pessoal, incluindo eu, é
claro (rsrsrs). Uma identificação
mais ampla será necessária, contendo
profissão, e no que gostaria ou
poderia ser útil de alguma maneira
para a comunidade como um todo.
Exemplo: eu sou espiritualista e bastante
eclética, me sinto livre e feliz
em frequentar reuniões da teosofia,
ir à missa aos domingos e participar
de retiros budistas. Na profissão,
também gosto de diversificar, apesar
de ser artista plástica desde 1980. Tenho
um site
Arteterapeuta, taróloga e consultora
de Feng Shui. No fundo, tudo se junta
em um só trabalho, na construção
de um ser integral, tendo como base
o autoconhecimento e a elevação da
autoestima. No meu entendimento,
essas coisas são fundamentais para
uma vida consciente de nossos saberes
e deveres.
O terceiro passo é alegria sempre.
Acho que vamos precisar muito de
bom humor para elevarmos o nível
vibracional das energias que estão
por vir. É claro que não quero menosprezar
a dor de ninguém, não é
isso, mas precisamos transmutar essas
energias maléficas para uma situação
de acolhimento e, principalmente,
de compaixão.
Quando abordo essa questão do
humor é porque ela realmente faz falta
para entrarmos em sintonia com
energias que liberam o mal-estar.
Quarto passo: mãos à obra, aqui e
agora. É de fundamental importância
agirmos, não ficar só no papel.”
Então, está dada a largada, podem
mandar seus dados e ideias,
que eu estou pronta para organizar
o cadastro e tentar montar essa rede
de colaboração mútua.

Reacionários
x
Revolucionários
Crônica da MARIA PAULA na Revista de Domingo do Correio Brasiliense.
17 de abril de 2011

      Agir de forma impulsiva, movidos por vingança, é a forma escolhida pelos reacionários para se relacionar com o mundo. Em qualquer segmento da sociedade, existem pessoas que insistem em tomar decisões comprometidas pelos resquícios de sofrimento gerados por ações do passado. Foi assim que, de forma trágica, por exemplo, ocorreu o massacre de Realengo, Wellington Menezes de Oliveira foi vítima de bullying durante sua fase escolar. Amigos do atirador revelam o quanto ele foi “zoado”, principalmente pelas meninas da sua escola. E foi nessa mesma escola que ele cometeu tamanha brutalidade, escolhendo como alvo principal as meninas!
        No âmbito social, vemos a inversão de papéis destruindo as instituições. A mulher, que durante séculos ficou restrita à cena doméstica, cozinhando para o marido, condenada a viver seus dias dentro de casa que mais pareciam celas, agora abusa da condição de liberdade, assumindo uma postura masculinizada. Nas festas, são elas que agem como predadoras, escolhendo os homens, que, no fim da noite, serão devorados e depois descartados. Após a revolução sexual, elas literalmente se transformaram nas vingadoras de suas avós! Compreensível, porém, nem um pouco saudável. Reagir emocionalmente, na maioria das vezes, aumenta ainda mais o estrago.
       Do outro lado, temos as atitudes revolucionárias. Essas geram transformações desejáveis e urgentes para que a sociedade possa se reorganizar. Estou falando da disposição em se colocar de forma respeitosa e delicada para como outro, SEMPRE! A verdadeira conquista das mulheres será atingida quando conseguirmos imprimir nossa marca mais preciosa: a feminilidade, que pode ser traduzida em doçura, paciência, capacidade de se doar, de cuidar do outro, de buscar na criatividade as ideias inovadoras, de se pautar a partir da amorosidade, da intuição e da fé. Ou seja, qualidades intimamente relacionadas à maternidade, que representam nossa verdadeira possibilidade de encontrar uma saída para a realidade devastadora em que vivemos.
      Num mundo em que a enorme energia das crianças, dos adolescentes e, principalmente, dos adultos possa ser aproveitada para o bem, teremos muito mais chances de viver dias melhores. Ser carinhoso como o próximo é de longe a melhor maneira de fazer a revolução.
      Lembrando que a UGA (União Global de Atitudes), movimento nascido neste espaço com a intenção de compilar boas ideias para um mundo melhor, está bombando e esperando pela sua contribuição revolucionária no blog: uniaoglobaldeatitudes.blogspot.com
Entre em contato e plante sua semente.
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