INTERESSANTE TEXTO PARA CONHECIMENTO
E ALERTA ...
Carla Costa <carla.caclas@gmail.com>
"O estado de tribulação é pertinente ao
espírito e não ao lugar. Esses lugares não são infelizes,
de vez que infortunados são os irmãos que os povoam...”
(Do livro “E a Vida Continua” - André Luiz / Chico
Xavier)
O Umbral e as Colonias
Espirituais
O
umbral localiza-se em um universo paralelo que ocupa um espaço invisível aos
nossos sentidos, que vai do solo terrestre até a algumas dezenas de metros de
altura na nossa atmosfera.
O
tempo, e as condições climáticas do Umbral seguem um ritmo equivalente ao local
terrestre onde se encontra. Quando é noite sobre uma cidade, é noite em sua
equivalência no Umbral. A névoa densa que cobre toda atmosfera dificulta a
penetração da luz solar e da lua. A impressão que se tem é que o dia é formado
por um longo e sombrio fim de tarde. À noite não é possível ver as estrelas e a
lua aparece com a cor avermelhada entre grossas nuvens. Sua maior concentração
populacional está junto as regiões mais populosas do globo. Encontramos cidades
de todos os portes, grupos de nômades e espíritos solitários que habitam
pântanos, florestas e abismos.
É
descrito por quem já esteve lá como sendo um ambiente depressivo, angustiante,
de vegetação feia, ambientes sujos, fedorentos, de clima e ar pesado e
sufocante. Para alguns espíritos é uma região terrível e horripilante. Para
outros é o local onde optaram viver. A vegetação varia de acordo com a região do
Umbral. Muitas vezes constituída por pouca variedade de plantas. As árvores são
normalmente de baixa estatura, com troncos grossos e retorcidos, de pouca
folhagem.
Existem também áreas desertas, locais
rochosos, e lugares de vegetação rasteira composta de ervas e capim.
É
possível encontrar alguns tipos de animais e aves desprovidos de beleza. No
Umbral se encontram montanhas, vales, rios, grutas, cavernas, penhascos,
planícies, regiões de pântano e todas as formas que podem ser encontradas na
Terra. Como os espíritos sempre se agrupam por afinidade (igual a todos nós aqui
na Terra), ou seja, se unem de acordo com seu nível vibracional, existem
inúmeras cidades habitadas por espíritos semelhantes. Algumas cidades se
apresentam mais organizadas e limpas do que outras.
Todas possuem espíritos lideres que são chamados de
diversos nomes:
-
Chefes, governadores, mestres, presidentes, imperadores, reis etc. São espíritos
inteligentes mas que usam sua inteligência para a prática consciente do mal. São
estudiosos de magia, conhecem muito bem a natureza e adoram o poder, quase
sempre odeiam o bem e os bons que podem por em risco sua posição de
liderança.
Há grupos de pessoas nas cidades que
trabalham para os chefes.
Acreditam ter liberdade e muitas
vezes gostam de servirem seu chefe na ansiedade pelo poder e status.
Consideram-se livres, mas na verdade não o são, ao menor erro ou na tentativa de
fugir são duramente punidos. Existem os espíritos escravos que vivem nas cidades
realizando trabalho e mantendo sua estrutura sem receberem nada em troca além da
possibilidade de lá morarem. São duramente castigados quando desobedecem e vivem
cercados pelo medo imposto pelo chefe da cidade.
As cidades possuem construções
semelhantes às que encontramos nas cidades da Terra:
As
maiores construções são de propriedade do chefe e de seus protegidos. Sempre
existem locais grandiosos para festas, e local para realização de julgamentos
dos que lá habitam. Em cada cidade existem leis diferentes especificadas pelos
seus lideres. Lá também encontramos bibliotecas recheadas de livros dedicados a
tudo que de mal e negativo possa existir. Muitos livros e revistas publicados na
Terra são encontrado lá, principalmente os de conteúdo
pornográfico.
— Porque é permitido que existam
estes chefes e esta estrutura negativa de tanto
sofrimento?
Deus nos permite tudo, ele nos deu o
livre arbítrio. O homem tem total liberdade para fazer tudo de ruim ou tudo de
bom. Quando faz ou constrói algo de ruim acaba se prejudicando com isso e aos
poucos, com o passar de anos ou de séculos vai aprendendo que o único caminho
para a libertação do sofrimento e da felicidade plena é a prática do bem. A vida
na Terra e no Umbral funcionam como grandes escolas onde aprendemos no amor ou
na dor.
Ninguém vai para o Umbral por
castigo.
A
pessoa vai para o lugar que melhor se adapta à sua vibração espiritual. Quando
deseja melhorar existe quem ajude. Quando não deseja melhorar fica no lugar em
que escolheu. Todos que sofrem no Umbral um dia são resgatados por espíritos do
bem e levados para tratamento para que melhorem e possam viver em planos de
vibrações superiores. Existem muitos que ficam no Umbral por livre e espontânea
vontade se aproveitando do poder e dos benefícios que acreditam ter em seus
mundos.
Além das cidades encontramos o que é
chamado de Núcleos:
Não constitui uma cidade organizada
como conhecemos, mas se trata de um agrupamento de espíritos semelhantes. Os
grupamentos maiores e mais conhecidos são os dos suicidas. Estes núcleos são
encontrados nas regiões montanhosas, nos abismos e vales. Por serem espíritos
perturbados são considerados inúteis pelos habitantes do Umbral e por isto não
são aceitos e nem levados para as cidades em volta.
Os vales dos suicidas são muito
visitados por espíritos bons e ruins:
Os
bons tentam resgatar aqueles que desejam sair dali por terem se arrependido com
sinceridade do que fizeram. Os espíritos ruins fazem suas visitas para se
divertirem, para zombarem ou para maltratarem inimigos que lá se encontram em
desespero. Não é difícil imaginar um local com centenas de milhares de pessoas
que cometeram suicídio, todas ali unidas, sem entender o que está acontecendo,
já que não estão mortas como desejariam estar.
Existem os núcleos de drogados onde
também existem pequenas cidades:
Existem algumas poucas cidades de
drogados de porte grande no Umbral. Realizam-se grandes festas e são cidades
movimentadas. Existem relatos psicografados sobre uma região de drogados chamada
de Vale das Bonecas e cidades como a de Tongo que é liderada por um Rei. Para
todo tipo de vício da carne existem cidades e núcleos de viciados. Por exemplo,
existem cidades de alcoólatras ou de compulsivos sexuais. Todos os viciados
costumam visitar o planeta Terra em bandos para sugarem as energias prazerosas
dos vivos que possuem os mesmos vícios.
É comum a existência de núcleos de
marginais.
Locais onde estão reunidos
assaltantes, assassinos, ladrões, traficantes e outros tipos de criminosos em
sintonia mútua. Nas regiões fora das cidades e longe dos núcleos encontramos
andarilhos solitários, espíritos considerados inúteis até pelos povos de cidades
e núcleos do Umbral. Grandes tempestades de chuva e raios ocorrem em todo
Umbral. Tem importante função de limpar os excessos de energias negativas
acumuladas no solo e no ar, tornando o ambiente menos insuportável aos seus
habitantes.
As cidades, tribos e vilarejos do
Umbral normalmente possuem chefes ou lideres:
São pessoas inteligentes com
capacidade de liderança que costumam controlar, dominar e explorar as almas que
nestas cidades residem. Como se pode ver não é muito diferente da vida aqui na
Terra, onde temos exploradores e explorados. Exercem seu controle a partir do
medo, das mentiras, da escravidão, de regras rígidas e violência. Algumas sabem
que estão no Umbral e sabem que trabalham pelo mal das pessoas. Seu reinado não
dura muito tempo já que espíritos superiores trabalham para convencer sobre o
mal que faz a si mesmo fazendo o mal aos outros. É comum que estes “chefes”
desapareçam inesperadamente destas cidades por terem sido resgatados por bons
Samaritanos em suas missões. Em pouco tempo uma nova liderança acaba assumindo o
posto de chefe nestas cidades.
As regiões umbralinas são as que mais
se parecem com a Terra:
Os
espíritos, por estarem ainda muito atrelados à vida material, por lhe faltarem
informação e conhecimento, acabam vivendo suas vidas como se realmente
estivessem vivos. As necessidades básicas do corpo acabam se manifestando nestes
espíritos. Sofrem por sentirem dores, sono, fome, sede, desejos
diversos.
No
Umbral encontramos grupos de pessoas que se consideram justiceiras. Coletam
espíritos desorientados em hospitais, cemitérios, e no próprio umbral. Pessoas
que fizeram muito mal a outras durante a vida ou em outras vidas, e pessoas que
fizeram poucos amigos e por isto não tem quem as possa ajudar. Estes espíritos
sedentos de vingança e de justiça feita pelas próprias mãos conseguem aprisionar
e escravizar as pessoas que capturam.
Acreditam que as pessoas que estão no
Umbral só estão lá por merecimento:
E
isto não deixa de ser verdade. Mas no lugar de ajudar estas pessoas, eles a
maltratam por vingança e ódio pelo mal que cometeram enquanto estavam vivas.
Somente quando estas pessoas se arrependem dos erros que cometem na Terra e
esquecem os sentimentos negativos que ainda nutrem é que os espíritos mais
elevados conseguem se aproximar para seu resgate.
Postos de
Socorro:
Os
postos de socorro se encontram espalhados pelas regiões sombrias do Umbral. Este
local de ajuda, semelhante a um complexo hospitalar, normalmente é vinculado a
uma colônia de nível superior. Nele encontramos espíritos missionários vindos de
regiões mais elevadas que trabalham na ajuda aos espíritos que vivem nas cidades
e regiões do Umbral e que estão à procura de tratamento ou
orientação.
Quando o espírito ajudado desperta
para a necessidade de melhorar, crescer e evoluir é levado para uma colônia onde
será tratado e passará seu tempo estudando e realizando tarefas úteis para seu
próximo. Quando se sentem incomodados e mergulhados em sentimentos como o ódio,
vingança, revolta acabam retornando espontaneamente para os lugares de onde
saíram. Continuamos sempre com nosso livre arbítrio.
Os
postos de socorro não são cidades, mas alguns deles possuem grande dimensão, se
assemelhando a uma pequena cidade no meio do Umbral. Muitos ficam nas regiões
periféricas do Umbral. Alguns se encontram dentro das cidades do Umbral. Vistos
à distância são pontos de luz e de beleza no meio da paisagem triste, escura,
fria, nebulosa que compõe as paisagens naturais do Umbral. Os postos de socorro
são locais bonitos, iluminados, com grandes jardins, em meio a um cenário
desolador e triste. Os postos de socorro são constantemente procurados por
pessoas desesperadas e perdidas no Umbral querendo abrigo e ajuda.
Também é um local alvo de espíritos
maldosos que desejam continuar mantendo o controle e o poder sobre as pessoas
que moram nas regiões do Umbral. Com isto realizam constantes ataques às
instalações dos postos. Todos os postos possuem sofisticados sistemas de
segurança que monitoram as regiões ao redor do posto. Sensores detectam a
presença de vibrações a um raio de 3 km do posto. Sistemas de defesa que emitem
descargas elétricas são utilizados para afastar os atacantes. Os choques gerados
pela força os fazem recuar, já que lhe fazem sentir dores
insuportáveis.
Os espíritos que
vivem no Umbral ainda estão ligados ao mundo material.
Muitos sequer compreendem que
estão mortos e isto lhes gera grande agonia e sofrimento. Por acreditarem estar
vivos continuam sentindo seus corpos e suas necessidades físicas. Sentem dor,
sentem fome, sentem sede, sono etc. Muitos sofrem de doenças, ferimentos,
mutilações ocorridas na morte ou em situações sinistras vividas no Umbral. A
visão interna de um posto de socorro lembra um grande hospital. Os espíritos
atendidos lembram monstros de um filme de terror. Se parecem realmente com
mortos-vivos.
Sofrem movidos pelos sentimentos
humanos que ainda cultivam:
O
ódio, a vingança, egoísmo e outros sentimentos negativos. Vinculados à matéria,
ainda sofrem como se possuíssem um corpo. E isto acaba se refletindo em sua
aparência monstruosa, que só pode ser modificada a partir da sua conscientização
sobre sua realidade. As enfermarias dos postos estão sempre repletos de
espíritos necessitados de orientação, alimento, limpeza e cuidados. É como ver
mortos-vivos agonizando por ajuda em seus leitos.
Equipes chamadas de Samaritanos
realizam incursões no Umbral em busca de espíritos que procuram ajuda. Ao
retornarem com dezenas de espíritos que mais parecem farrapos humanos são
recebidos pelas equipes de socorro que iniciam o trabalho de acolhimento,
alimentação, limpeza e orientação destes espíritos. Ao serem internados podem se
recuperar para serem enviados para colônias no plano mais elevado, fora do
Umbral. Também é comum que espíritos cheguem às muralhas dos postos à procura de
ajuda e ali são socorridos.
Também existem postos de socorro na
Terra:
São destinados a socorrer e orientar
espíritos recém-desencarnados. Pessoas que acabam de morrer costumam ficar
totalmente desorientadas. Muitas não sabem que estão mortas. É fácil imaginar o
sentimento horrível e a loucura que uma pessoa nesta situação pode passar. Estes
postos estão localizados no mundo invisível exatamente no mesmo local onde estão
hospitais, cemitérios, sanatórios, presídios, igrejas, centros espíritas etc.
São nestes locais onde se pode encontrar o espírito de pessoas que acabam de
desencarnar ou que estão procurando algum tipo de ajuda.
Outros relatos falam sobre a
existência de veículos especiais chamados de Aeróbus*.
Raras são as excursões em que não
ocorrem ataques aos samaritanos. São atacados por espíritos maldosos que podem
se transfigurar em criaturas horrendas com o intuito de intimidar e amedrontar
as caravanas. Os que atacam jogam pedras, paus, lama, matéria podre e alguns
chegam a construir armas que não fazem qualquer efeito aos samaritanos. Para
defesa utiliza-se ainda redes de proteção e armas que emitem eletricidade. Ao
serem atingidos por este tipo de raio o espírito entra em um processo semelhante
ao da morte, pois lhe faz relembrar todo sofrimento que passou em sua mais
recente desencarnação. Com medo, muitos espíritos só tentam intimidar, e muitas
vezes se afastam em desespero.
Existem situações em que os
Samaritanos precisam resgatar pessoas dentro das populosas cidades do Umbral.
A
forma como fazem isto depende do tipo de cidade. Existem casos em que pedem
autorização aos lideres da região. Em outros a pessoa a ser resgatada não é de
interesse dos moradores da cidade e neste caso não existe problema algum em
entrar e levar estas pessoas. Existem ainda situações em que precisam utilizar
disfarces ou entrarem sem serem vistos pelos habitantes do local. Em situações
de perigo podem mudar de vibração, se tornando invisíveis. Desta forma não podem
ser capturados pelos espíritos trevosos do Umbral. Muitos habitantes do Umbral
sabem quem são e o que podem fazer e mantêm um ar de respeito quando estão
presentes.
Ao resgatarem algumas dezenas de
espíritos, os samaritanos retornam ao seu posto de socorro.
São verdadeiros farrapos humanos,
alguns seminus, outros com suas roupas em trapos e o corpo imundo e ferido. No
posto os espíritos são tratados e orientados. O tratamento pode levar alguns
dias ou alguns meses. Continuam livres e podem optar por retornar ao Umbral ou
seguir para uma Colônia, onde terminarão seu tratamento e passarão a frequentar
aulas e cursos para que se informem sobre sua atual situação após a morte. Um
espírito só pode ser ajudado pelos samaritanos quando deseja com sinceridade ser
ajudado. Não se pode ajudar ninguém à força. Não se perde tempo resgatando
espíritos revoltados, pois se não querem mudar, não poderão mudar à força. Sua
revolta ainda poderá atrapalhar os trabalhos e a recuperação de outros espíritos
dentro dos postos e hospitais.
Existem casos em que os espíritos se
encontram em níveis tão baixos de vibração que não conseguem ver e se comunicar
com os samaritanos.
Desta forma não podem ser ajudados.
Relatos mostram que em determinados casos os samaritanos podem convencer o
espírito a ter vontade de melhorar, de ser socorrido e ajudado. É possível
mostrar a estes espíritos imagens das colônias e da felicidade e paz que poderá
ter. Este trabalho de convencimento pode passar pelo uso da força. É o caso de
fazer o espírito se recordar do sofrimento, dor e angústia que passou no
passado, fazendo o mesmo desejar sair daquela situação.
São muitos os espíritos que, mesmo em
estado deplorável no Umbral, preferem continuar na vida em que
estão.
Isto não é muito diferente do que
existem aqui na Terra. Uma parcela dos moradores de rua, mendigos, idosos e
crianças continuam nas ruas por opção. Não suportam os abrigos, a limpeza, a
organização, a necessidade de obedecer a alguém. Preferem viver livres de
qualquer lei, norma, organização, junto da miséria. Infelizmente só se pode
ajudar alguém quando este alguém quer realmente ser ajudado.
Amparadores
Espirituais:
Primeira parte da matéria, publicada
na Revista Sexto Sentido N. 21 - Maio de 2001.
Em
entrevista especial à Revista Sexto Sentido, o professor Wagner Borges,
especialista em projeção astral, fala de modo claro e objetivo sobre os
Amparadores Espirituais - seres que auxiliam as pessoas na hora da morte -
fornecendo detalhes impressionantes sobre a transição a que chamamos morte e as
dimensões do outro lado da vida. Nós sabemos que você faz parte de um grupo de
Amparadores Espirituais no plano astral, que ajudam as pessoas na hora da morte.
— Quem são esses Amparadores e
exatamente de que maneira eles, ou vocês agem?
-
Os amparadores são um grupo de espíritos formado principalmente por orientais.
São egípcios, chineses, tibetanos, pessoas que já lidaram com algo parecido aqui
na Terra, em outras épocas, que desencarnaram e estão em um nível excelente.
Quando o corpo espiritual se desprende do físico durante o sono ou na morte,
ambos estão conectados por um campo energético, que é a aura. Nessa aura estão
os chacras e os filamentos energéticos que saem desses chacras se juntam para
formar uma ligação - a ligação do espírito com o corpo através do conhecido
cordão de prata.
Na
hora do desprendimento definitivo ou morte, seres espirituais bondosos e
evoluídos aparecem e desconectam esses filamentos para desprender o espírito, da
mesma forma que um parteiro ajuda no nascimento de um bebê e no desligamento da
ligação que é o cordão umbilical. Os seres desligam o cordão de prata e sobra um
coto de cordão, só que não é no umbigo, mas na cabeça do corpo espiritual. Nesse
momento, normalmente a pessoa apaga, como um mecanismo da consciência. Então ela
é puxada para um vórtice, como se fosse uma passagem entre dimensões - por isso
as pessoas que têm experiências de quase-morte falam sobre passar por um túnel
de luz, que é uma abertura entre dimensões.
Então, os Amparadores puxam a pessoa
para fora do corpo e a ajudam a atravessar o buraco energético, fazendo com que
ela saia na dimensão seguinte, que as pessoas chamam de plano espiritual ou
plano astral. Normalmente, ela desperta algumas horas ou dias depois num
hospital espiritual. Esses hospitais foram construídos por seres avançados, que
elaboram formas mentais e as plasmam com o pensamento.
São construções energéticas que, para
os espíritos naquela freqüência, são tão sólidos quanto os objetos desta nossa
dimensão terrestre. Os espíritos mais sutis atravessam esses ambientes porque
são mais rarefeitos, mas naquela dimensão, para quem está lá, os objetos são tão
densos quanto os daqui são para nós. A pessoa se vê num ambiente propício para a
recepção de recém-desencarnados, onde o que sobrou do cordão de prata é então
rompido. A pessoa acorda num hospital extrafísico após a morte, não porque
esteja doente, mas para romper essa conexão. Esses hospitais são locais de
transição. Dali ela passa para a dimensão correspondente ao seu
nível.
Nossos pensamentos e emoções se
plasmam energeticamente em nossa aura, em nosso corpo espiritual. Assim, nós
somos a somatória do que pensamos, sentimos e fazemos durante a vida. A cada
noite, quando nos desprendemos para fora do corpo físico, o corpo espiritual
carrega a vibração de tudo que ocorreu naquele dia. Na hora da morte, a vibração
do corpo espiritual é a soma de tudo que você pensou, sentiu e fez durante uma
vida inteira. Pode-se dizer que cada pessoa que desencarna carrega um campo
vital contendo tudo o que ela é como resultado de tudo o que desenvolveu e fez
em vida. Quem tem uma vibração ‘x’ no corpo espiritual, após a morte é atraída
para o plano extrafísico de uma dimensão ‘x’, compatível com a vibração que ela
porta.
O plano espiritual se divide em
subdimensões:
Muitos as dividem em sete níveis,
outros em três. Os que dividem em três fazem da seguinte maneira: plano astral
denso, plano astral médio e plano astral superior. No denso estariam as pessoas
complicadas, seria o chamado umbral, o Inferno. O plano astral superior seria o
Paraíso do Espiritismo. E o plano astral médio seria onde se encontram as
pessoas mais ou menos, ou seja, iguais a nós, mais ou menos boas, mais ou menos
complicadas. Em outras palavras, a maioria.
— E o lugar que os espíritas chamam
de Umbral?
-
A palavra umbral significa muro, e é a divisória entre o plano terrestre e o
plano astral mais avançado.
Uma divisória vibracional, onde quem
tem o corpo espiritual denso não atravessa, como uma peneira vibracional. Eu
costumo dizer que Inferno e Paraíso são portáteis: você carrega dentro. Se está
bem, o Paraíso está dentro de você. Se sai do corpo nessa condição, você é
atraído por uma vibração semelhante a que existe em seu interior.
-
A passagem para o Paraíso está dentro de nós.
-
E o Inferno é a mesma coisa, é um estado íntimo.
Veja uma pessoa cheia de auto-culpa e
compare com aquela imagem clássica do diabo colocando alguém dentro da caldeira
e espetando. A auto-culpa espeta mais do que qualquer diabo, porque nem é
preciso o Inferno vir de fora: ele já está dentro e o diabo é você
mesmo.
O
Umbral é uma região muito pesada porque reflete o estado íntimo de quem lá está.
Você encontra lugares que lembram abismos, cavernas escuras, tudo exteriorizado
do subconsciente dos espíritos, como formas mentais. Quando você olha no fundo
desses abismos vê que está cheio de espíritos, mas eles não voam, são densos.
Você encontra favelas no plano espiritual, cidades medievais. Os espíritos vivem
presos a formas mentais das quais, muitas vezes, é difícil escapar. São esses
que os seres evoluídos buscam ajudar nessas dimensões.
— E como eles fazem
isso?
-
Normalmente, resgatam os sofredores usando médiuns ou projetores astrais fora do
corpo, utilizando a energia do cordão de prata para se tornarem mais densos e
puxar as pessoas. É por isso que, desde os 15 anos, fui levado muitas vezes a
esses ambientes para dar passes nos espíritos, fora do corpo. Você dá um passe e
isso muda o padrão vibracional do corpo espiritual da pessoa.
Tão logo isso acontece, os espíritos
mais avançados, que não tinham acesso, conseguem pegar a pessoa e levar para um
hospital extrafísico. Aí começa um tratamento energético, puramente de luz, para
desintoxicar os chacras extrafísicos do corpo energético, e tratamento
psicológico para fazer a pessoa encarar sua situação, conseguir se entender e
sair daquele problema. E também é trabalho, terapia para que a pessoa saia
daquilo sem ter auto-culpa, porque a auto-culpa segura a pessoa no passado. Ela
precisa entender que Deus não condena ninguém.
Eu
já passei por lugares desse Umbral em que era tudo escuro, e eu sentia que
passava por cima de pessoas que se arrastavam. A única luz que tinha ali era a
minha, um ser humano. E algumas pessoas se seguravam em mim e falavam, "Anjo, me
tira daqui!". Eles achavam que eu era anjo porque tinha alguma luz.
— E você não tinha como tirar essas
pessoas de lá?
-
Não, porque tinha ido tirar uma pessoa determinada. Eu estava direcionado para
pegar uma e puxar. E também, vários daqueles que estão ali sofrendo e pedindo
ajuda, se forem tirados daquele ambiente e levados para um lugar melhor, basta
que se recuperem um pouquinho e já começam a aprontar. Esse pessoal precisa
ralar um pouco para perceber que não se pode fazer ao outro aquilo que você não
quer que façam com você. Não é uma punição divina, é causa e efeito. O que você
fez para o outro fica marcado em você.
Eu
cresci no Rio, na Baixada Fluminense. Vários amigos meus morreram por causa de
droga, outros porque se tornaram policiais e morreram em tiroteio com bandidos,
cumprindo o dever, e outros se tornaram marginais. Um desses rapazes virou
policial e fez parte de um grupo de extermínio de bandidos. Eu já tinha me
mudado para São Paulo, e ele inclusive já não mora mais no Rio - deixou a
polícia, nem sei onde está. Eu despertei fora do corpo no Rio de Janeiro, na rua
do bairro onde cresci, e comecei a ouvir uma gritaria.
Lá
na ponta da rua começou a aparecer uma energia alaranjada, pesada, e de repente
chega o rapaz correndo. Ele estava fora do corpo perseguido por um grupo de doze
espíritos, com pedaços de pau nas mãos - tudo plasmado: facões, etc. Gritavam.
"Pega, pega esse miserável!". E o sujeito estava projetado fora do corpo, ou
seja, fora do corpo ele é perseguido pelos sujeitos que ele matou.
Eles passaram correndo perto de mim
e, quando ele passou, eu vi que estava cheio de buracos de bala, plasmado no
corpo espiritual. Aí eu entendi uma coisa que o espírito André Luiz sempre falou
nos seus livros: cada coisa que você faz para o outro fica marcada em você
espiritualmente. Cada bala que ele tinha enfiado em alguém, a marca estava nele,
porque a forma mental do ato ficou grudada nele. Se durante o sono ele já está
assim, imagine na hora em que desencarnar.
Ele vai ficar nesse plano astral
denso por um bom tempo.
Lembra um pouco o filme
Ghost:
-
Muitas coisas ali são reais, e também o Sexto Sentido. Ou aquele filme Amor Além
da Vida, com Robin Williams - aquela parte de formas mentais plasmadas. É a
riqueza do filme. Aquela parte do Umbral, em que ele vai buscar a mulher
suicida, é baseada na Divina Comédia do Dante Alighieri. Dante foi um grande
projetor. Como vivia no século XIV, em Florença, Itália, ele não podia falar
abertamente porque iria para a fogueira.
Aí
ele camuflou os relatos. Todas as pessoas que se projetam e já foram nesses
planos pesados sabem que o Dante era um viajante astral, porque já viram coisas
parecidas. É uma outra realidade, que a humanidade não conhece. Mas uma coisa é
certa: não vale a pena fazer o mal. Não é que Deus vai punir ou o Diabo vai
pegar, mas você carrega de dentro de si tudo aquilo para fora e forma o
ambiente. Todo algoz se transforma em vítima. O que Jesus ensinou sobre tentar
fazer o bem, tentar ajudar os outros na medida do possível não foi à toa. Aquilo
não tem nada de religioso - é código de vida.
— Você já presenciou alguns
desencarnes?
-
Sim. Eu já vi pessoas morrerem e servi como elemento de ajuda no desprendimento.
Outro dia tive uma experiência. Vi um barco bem primitivo, cheio de africanos,
que estava fugindo de alguma coisa. O barco virou e todos morreram afogados. Eu
vi os espíritos saírem do corpo e, na hora, apareceu uma mulher hindu,
desencarnada, que estendia as mãos e projetava luz, puxando os espíritos e
enfiando-os dentro de um vórtice de energia. Eu já sabia que eles seriam
recebidos do lado de lá. Mentalmente ela me disse que os seres humanos são cegos
e não estão vendo esse amor, que os leva para o outro lado na hora certa. Que
todo mundo recebe assistência.
— Quem define a vinda desse ser, que
chega para ajudar? Ele sabe o que vai acontecer com
antecedência?
-
Ela já sabe que vai acontecer. O processo de reencarnação não é aleatório.
Existe uma organização extrafísica, com seres mais avançados que coordenam os
processos daqueles que estão submetidos à roda reencarnatória. Vou dar um
exemplo: quando você era pequeno, você não escolheu o colégio em que estudou -
seu pai e sua mãe o levaram para lá. Depois, você cresceu e pôde escolher seu
caminho.
Quando uma consciência ainda não sabe
o que é melhor para ela, seres mais avançados coordenam o processo até ela
alcançar a maturidade para decidir o caminho. Então, esses seres fazem com que
ela reencarne em países e situações adequados para aquela determinada alma
aprender o que precisa. Às vezes, você vem para uma vida para aprender uma única
característica que está faltando.
Nós temos livre-arbítrio e podemos,
por exemplo, encurtar o tempo. O suicida é um exemplo disso. Ele vem com uma
carga vital e acaba se suicidando. Vamos chamar a vida na Terra de ano letivo: o
corpo é o uniforme, o planeta é a escola. Você é enviado para uma série, cada
vida é uma série. Ao longo da vida certas coisas vão acontecer e não são
livre-arbítrio, mas experiências que esses professores preparam para que a
pessoa aprenda algo.
Mas existe o livre-arbítrio. Dentro
da sala de aula, o aluno não escolhe o currículo que vai estudar, mas, por
exemplo, pode escolher fazer amizade com o colega ao lado ou não. Ele pode
estudar mais ou menos. Pode quebrar a carteira ou não. A postura do aluno dentro
da sala de aula é livre arbítrio - o currículo que o aluno vai estudar é
programado. Como o aluno reage a esse currículo é livre arbítrio.
— E os ciclos familiares? Dizem que
ficamos reencarnando junto com as mesmas pessoas de um determinado ciclo até as
pendências entre todas serem resolvidas.
-
Depende - isso também é relativo. Existem milhares que reencarnam ao longo dos
séculos e acabam se encontrando ao longo das vidas, mas têm muitas pessoas que
ainda estamos conhecendo, que não vêm de uma vida passada. Alguns se perguntam:
se há reencarnação, por que a população da Terra continua aumentando? Porque vêm
pessoas de outros planetas para cá. Existem milhares de humanidades semelhantes
à nossa, espalhadas pela galáxia, na mesma evolução que nós. Existem milhares de
outras bem superiores, e milhares bem inferiores.
— O que ocorre quando existe uma
grande catástrofe, como terremotos?
-
É uma espécie de carma coletivo. As pessoas são atraídas para o lugar. Por
exemplo, se precisa passar pela experiência de morrer em um terremoto, você não
vai nascer no Brasil, mas na Califórnia, nas Filipinas, no Japão, em países
sujeitos aos terremotos. O pessoal que programa isso do lado de lá vai encaixar
a pessoa num lugar em que ela passe por aquela experiência. Isso já é
direcionado.
Quando ocorre a tragédia coletiva, o
pessoal do lado de lá já sabe com antecedência e todos se preparam bem antes. Do
mesmo jeito que existem bancos de sangue nos hospitais, existem bancos de
energia do lado de lá. Como esses espíritos são sutis e as pessoas que estão
desencarnando, muitas delas, estão em condições bastante densas, vários meses
antes eles começam a extrair energia de médiuns, de pessoas bondosas, de grupos
ocultistas, espíritas, iogues.
Eles captam essas energias sem
ninguém saber e vão guardando dentro de aparelhos extrafísícos. Quando ocorre a
tragédia, eles usam essa energia para romper os cordões de prata, porque são
energias de seres humanos para seres humanos, mais compatíveis. Eu já vi isso do
lado de lá. Esses seres espirituais que ajudam - os chamados amparadores, guias
espirituais ou benfeitores - são pessoas, seres humanos desencarnados. Entre
eles você vai encontrar desde gente quase igual a nós, do mesmo nível, pessoas
bacanas, até aquele ser super-avançado que nem mais parece gente como nós, mas
uma criatura totalmente de luz.
— E como alguém é recrutado para essa
função?
-
Na verdade, nós somos agentes interdimensionais e já fazíamos parte dessa equipe
do lado de lá. Apenas reencarnamos para servir de suporte aos outros. A maioria
dos sensitivos que conheço é dessa turma, e é por isso que a comunicação que
tenho com eles é natural. Eu não acho que eles são superiores a mim, eles são
meus colegas. Agora, é claro que vai ter um colega mais ou menos igual, um mais
complicado e um mais avançado, como qualquer grupo de amigos. Você vai ter um
amigo que é gênio, um amigo que é chato e um que é igual a você. Espíritos são
apenas seres humanos extrafísicos, eles não são divindades. Por exemplo, eu não
faço preces para espíritos. Quando ergo a mente em agradecimento, penso num
Todo, numa Consciência Cósmica, e se eu tiver de pensar em alguém, penso em
alguém como Buda ou Jesus, não como foco religioso, mas como foco de inspiração,
de exemplo.
— Você tem um
mentor?
-
Tenho vários mentores. Existem sempre dois ou três que me acompanham há mais
tempo. Um deles se chama Vyasa, um hindu, e é quem eu chamo de mentor de muitas
coisas que escrevo. Esse é muito presente. Tem outro que aparece como um chinês.
E, dependendo da atividade do momento, um ou outro é mais presente.
Tecnicamente falando, guia espiritual
é qualquer um que ajude você em algum caminho. Até o ser humano ao seu lado pode
ser seu guia, se ele abre caminho para você. Mas, por melhores que sejam os
guias, nenhum deles pode caminhar por nós. O que eles podem fazer é apontar
caminhos, sugerir idéias. E os guias também não tiram obstáculos do caminho,
porque esses obstáculos nos fazem crescer. Isso equivale a uma prova na qual o
professor não pode dar as respostas ao aluno.
O
guia, que é um professor, um mestre extrafísico, não pode dar resposta de alguns
dramas, porque você aprende mais na crise. Se o guia eliminasse a prova, a
pessoa não desenvolveria aquela qualidade. A função do guia, então, é tentar
inspirar, para que você agüente o tranco da prova, para que sua paciência seja
grande, para que seu amor não decaia, para que sua luz continue acesa, mesmo que
tudo esteja em trevas à sua volta.
— E quando o guia vê, por exemplo,
que uma pessoa vai cometer suicídio?
-
Ele tenta o máximo possível jogar ondas mentais para ajudá-la. Só que a pessoa
costuma estar tão fechada em suas próprias formas mentais, que fica impermeável.
É a mesma coisa que tentar conversar com um bêbado. Ele não escuta. Eu costumo
dizer que muitas pessoas estão embriagadas emocionalmente: elas não bebem
álcool, mas bebem emoções pesadas, tão pesadas que a capacidade de discernimento
desaparece.
A
pessoa é impermeável a tudo de bom que alguém tenta dizer para ela aqui mesmo,
na Terra; imagine do lado de lá. Aí entram as leis de causa e efeito: a cada um
segundo os seus pensamentos, os seus sentimentos e os seus atos. É a lei mais
justa que conheço, na qual cada um recebe, lá na frente, aquilo que fez.
Nós vamos semeando a pista em que
iremos andar; alguns jogam pregos, e daqui a pouco começam a furar o pé nos
pregos que jogaram. Mas existem pessoas que jogam flores. Isso é causa e efeito,
é carma, não tem nada a ver com punição. O umbral não é criação divina, é
criação humana, porque esse plano é plasmado a partir das coisas trevosas que
estão dentro de nós. Foi o ser humano trevoso que criou o plano astral pesado,
da mesma forma que o ser humano avançado criou o plano astral
avançado.
— Existem idosos que desencarnam e
seu espírito se manifesta para pessoas 20, 30 anos depois com a mesma aparência
envelhecida. Outros parecem mais jovens. Por quê?
-
O corpo físico não reflete nosso estado íntimo. Por exemplo, eu posso estar mal,
mas disfarçar e ficar rindo, e você não vai saber que estou mal. O corpo físico,
o rosto, é uma máscara que não reflete o que pensamos, por isso, podemos enganar
uns aos outros.
Quando você sai do corpo, o corpo
espiritual reflete o que você pensa, de modo que não dá para enganar o seu
estado íntimo. Até aqui, no plano físico, às vezes você vê um ancião e ele tem
viço na expressão; outras vezes você vê um jovem e ele está apagado. Quando a
pessoa deixa o corpo, o espírito que estava dentro dele, independente da idade,
pode remoçar, porque seu estado íntimo é jovem e o corpo espiritual plasma uma
imagem remoçada. Aquele que estava mal pode aparecer envelhecido,
carregado.
— Se a pessoa deixa o corpo com uma
doença, ela pode continuar com a doença no astral?
—
Pode continuar até se desprender do condicionamento da doença. Por exemplo,
muitos cegos passaram tantos anos sem enxergar que acham que não conseguem ver.
Então, às vezes é feito um trabalho psicológico para a pessoa perceber que não
está cega e que aquilo é um condicionamento.
Uma vez eu vi um desencarnado que
voava numa cadeira de rodas. Ele não saía da cadeira porque passou 50 anos
sentado em uma. Essa cadeira não era mais física, virou psíquica, era o apoio
dele. O homem desencarnou e carregou a forma mental da cadeira de rodas. Depois
de um tempo ele vai se descondicionar e passar a voar normalmente, mas às vezes
a morte não quebra um condicionamento.
— Mesmo depois do espírito ter
passado por um hospital extrafísico, onde seu cordão astral é rompido, ele passa
por um tratamento para se adaptar à nova realidade de sua existência sem
corpo?
-
Muitas vezes. O tratamento nos hospitais é energético, mas quem pode mudar sua
consciência? Pode-se tentar mudar a energia, deixar a pessoa mais leve, mas ela
mesma pode fazer esse processo ficar arrastado, lento. Sem falar daqueles que
não aceitam ter morrido, devido a vários fatores.
A
pessoa se vê num corpo espiritual que reflete a aparência do físico; ela olha
para si mesma e pensa que não morreu, porque está com o mesmo corpo, ou porque
Jesus não apareceu como tinha sido prometido, ou porque achava que depois da
morte ia ficar dormindo até o dia do Juízo Final. E, se perguntam a ela por que
ninguém a vê, ela diz que estão todos cegos.
A
pessoa arranja mil e um motivos para não admitir o que aconteceu. Imagine as
pessoas que negam a morte a vida inteira, quando morrem elas não vão querer
discutir isso e arranjam uma camuflagem psicológica, distorcendo a realidade.
Uns falam que é um pesadelo, que vão acordar e descobrir que tudo aquilo não é
verdade. Ou que os espíritos à sua volta são demônios, que estão torturando. A
pessoa fica num estado de confusão e, às vezes, demora para
melhorar.
Mas uma coisa eu
garanto:
Toda pessoa que está bem por dentro
tem um processo muito mais rápido do lado de lá. E uma coisa com a qual as
pessoas não podem se enganar: uma excelente pessoa pode morrer violentamente,
atropelada, ou assassinada. O fato do corpo dela ter ficado em picadinhos
embaixo de um carro não significa que ela esteja mal.
Um segundo depois ela pode estar bem
do lado de lá.
E
o fato de alguém morrer na cama, dormindo, não garante que ela vá estar bem do
outro lado. Tem muito pilantra que morre dormindo. As pessoas se iludem com a
aparência do cadáver. O gênero de morte não determina a qualidade da
consciência, porque o que determina essa qualidade não é a morte e sim o que se
fez em vida.
— Existem pessoas que, antes de
deixar o corpo, começam a ver parentes já
falecidos?
-
Isso porque eles geralmente vêm ajudar, vêm puxar a pessoa para fora. Ainda mais
alguém de idade, que já está adoentado, com os sentidos físicos amortecidos.
Essa pessoa está tendo um adiantamento e, dias antes, já começa a ver o pessoal.
Eu acho legal a pessoa se desprender consciente do processo, porque ela carrega
essa certeza dentro dela e, nas próximas vidas, nasce encarando a questão da
morte como algo natural.
— E o que acontece depois que alguém
desencarna, passa por um hospital e já se encontra adaptada a sua
dimensão?
Nessas dimensões existem cidades
extrafísicas plasmadas por seres avançados, nas quais vivem comunidades de
espíritos. Quando a pessoa sai do corpo, vê o ambiente imediato, o quarto, a
cama. A próxima dimensão é o umbral, o plano astral mais pesado. Passando por
ele, estão os hospitais extrafísicos e, a seguir, as cidades astrais. A pessoa
não precisa passar por uma dimensão inferior para chegar à outra, porque é uma
questão de sintonia. Não é um deslocamento espacial, mas um deslocamento de
consciência.
Essas cidades, que existem sobre os
lugares físicos, lembram os ambientes imediatos de onde a pessoa saiu. Por
exemplo, uma cidade extrafísica por cima de São Paulo reflete uma realidade
igual à de São Paulo. Os espíritos mantêm uma realidade igual paralela para que
a pessoa se sinta ambientada logo que desencarna.
Nessas cidades espirituais não
existem problemas de dinheiro ou violência - é como se fosse a humanidade legal,
projetada do lado de lá. É um ambiente humano, com nível igual ao nosso aqui, só
que projetado do lado de lá. Então, as pessoas têm atividades de trabalho,
lazer, como aqui, mas tudo simplificado e aprofundado. Ou seja, é o plano físico
perfeito.
Depois dessas cidades extrafísicas,
em que a pessoa recupera a lembrança de vidas passadas, reaprende a voar, retoma
ao seu nível, ela passa para outra freqüência, mais compatível com seu estado
interno. São os chamados lugares de estudo e aprendizado. Todo mundo que está
ali sabe que teve outras vidas, lembra de tudo, sabe mexer com energia e já
ajuda os outros.
Nesses ambientes você ainda vê a
divisão homem e mulher. Espírito não tem sexo, mas eles mantêm a
identidade.
Fonte:
- Semeando e Colhendo” – Hercílio
Maes (Ed. Freitas Bastos)
- Nosso Lar” – André Luiz (Espírito)
/ Psicografado por Francisco Cândido Xavier (Ed. FEB);
- Três Arco-Íris / Uma Colônia de
Luz” – Josué (Espírito) / Psicografado por Eurípedes Kühl (Ed. Petit);
- Violetas na Janela” –
Patrícia (Espírito) / Psicografado por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho (Ed.
Petit);
- Obreiros
da Vida Eterna” – André Luiz (Espírito) / Psicografado por Francisco Cândido
Xavier (Ed. FEB)
-
Vivendo no Mundo dos Espíritos” – Patrícia (Espírito) / Psicografado por Vera
Lúcia Marinzeck de Carvalho (Ed. Petit);
-
Após a morte do corpo físico, a alma se encontra tal qual vive intrinsecamente.”
(Do livro “Nosso Lar” / Cap. 16 - André Luiz / Chico Xavier;
- Os sofrimentos que torturam mais
dolorosamente os Espíritos, do que todos os outros sofrimentos físicos, são os
das angústias morais.” (O livro dos Espíritos – Questão 255;
- Umbral, situado entre a Terra e o
Céu, dolorosa região de sombras, erguida e cultivada pela mente humana, em geral
rebelde e ociosa, desvairada e enfermiça.” (Do livro “Ação e Reação” - André
Luiz / Chico Xavier;
"Se milhões de raios luminosos
formam um astro brilhante, é natural que milhões de pequeninos desesperos
integrem um inferno perfeito. Herdeiros do Poder Criador, geraremos forças afins
conosco, onde estivermos.”
(Do livro “Libertação” - André Luiz / Chico
Xavier)