Nós já falamos sobre finning aqui. Essa prática consiste da pesca ilegal de tubarões para obter exclusivamente suas nadadeiras.
Em todos os oceanos, cerca de 70 milhões de tubarões são mortos todo ano para abastecer o ávido e lucrativo comércio mundial de nadadeiras de tubarão.
Depois da captura e corte das nadadeiras do tubarão, os pescadores o atiram de volta ao mar. Muitas vezes vivo, mas brutalmente aleijado, o animal afunda e morre, comido por outros peixes ou apodrecido.
E pra quê servem essas nadadeiras? Elas abastecem o mercado chinês para produção de sopa de barbatana de tubarão, tradicional prato da culinária chinesa considerado afrodisíaco e símbolo de status.
A “crença” de que partes de animais podem trazer benefícios à saúde do homem ou curar suas doenças é comum no Oriente. Porém, não se pode justificar tamanha crueldade com os animais através de uma cultura.
Pior ainda: se você acha que, porque tem a ver com a China, o Brasil está fora dessa, está enganado. Um recente estudo que analisou nadadeiras de tubarões à venda em Hong Kong (um dos maiores mercados no mundo, onde a barbatana de tubarão pode custar até R$ 1.110 o quilo), concluiu que 21% das nadadeiras vinham do Oceano Atlântico Ocidental, área que inclui o Brasil.
Ou seja, existem pescadores no Brasil, como há em outros 120 países, participando da pesca ilegal e do tráfico de barbatanas de tubarão.
O Brasil (Portaria do Ibama nº 121/1998) proíbe que as carcaças de tubarões dos quais tenham sido removidas as barbatanas sejam jogadas de volta ao mar. O país somente permite o transporte a bordo ou o desembarque de barbatanas em proporção equivalente ao peso das carcaças retidas ou desembarcadas.
O peso total das barbatanas não pode exceder a 5% do peso total das carcaças. Nos desembarques, todas as carcaças e barbatanas de tubarões devem ser pesadas. A legislação é boa, mas de difícil emprego, controle e fiscalização. Será que funciona?
A pesca para obtenção das barbatanas de tubarão é uma ação predatória: é insustentável e está ameaçando seriamente a sobrevivência das populações de tubarões. 43% das espécies de tubarões em nosso litoral já estão ameaçadas de extinção. Se nada for feito, dezenas de espécies, cujas populações declinaram em até 90% nos últimos 20 anos, estarão extintas nas próximas décadas.
SE VOCÊ NÃO APOIA ESSA ATITUDE CRUEL E GOSTARIA DE AJUDAR A PROTEGER O ECOSSISTEMA MARINHO BRASILEIRO, ASSINE A PETIÇÃO PÚBLICA CONTRA A PRÁTICA DO FINNING NO PAÍS.
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