Adilson Marques - asamar_sc@hotmail.com
Não conheço uma filosofia espiritualista que não trabalhe com a noção de carma ou de "causa e efeito". O que muda é a interpretação que cada uma possui. A animagogia também possui um ponto de vista sobre o assunto, pois também admite que esta lei regula nossas vidas. Mas qual seria a interpretação que a animagogia propõe para o tema?
Em primeiro lugar, o carma se adquire em função da intenção com que vivenciamos nossa vida humanizada. Ou seja, quando eu tenho a intenção de cometer um determinado ato que vai prejudicar fisica ou sentimentalmente alguém, eu adquiro um débito espiritual. Ou seja, aquela energia negativa que enviei para alguém precisa voltar para mim de alguma forma para que o Universo permaneça harmonizado. Portanto, não é todo ato negativo praticado que gera carma. Um exemplo é a experiência que vivenciei quando tinha cerca de 10 anos de idade e fui visitar com o meu pai um sobrado em construção. Eu estava no segundo andar da edificação e, sem querer, meu cotovelo bateu em uma pilha de tijolos. Por uma reação física, aquele que estava na ponta despencou e acertou a cabeça de uma criança, o Pepe, como chamávamos aquele menino. Ele brincava no quintal e nem percebeu a queda do tijolo que o acertou em cheio. Várias adultos, depois que o menino foi socorrido e estava fora de perigo, começaram a brincar que se eu tivesse atirado de propósito o tijolo não acertaria com tamanha precisão a cabeça do Pepe.
Neste caso, eu fui um instrumento inconsciente do carma dele. Ou seja, por uma razão que somente Deus sabe, ele merecia aquela tijolada, mas como eu não tive a intenção de agredi-lo não contrai débito com as leis divinas. Porém, mesmo que não o acertasse, mas tivesse a intenção de o machucar, a história seria outra. Provavelmente a minha contabilidade cármica estaria mais desfavorável, uma vez que é a intenção o que a animagogia valoriza quando estuda esse assunto. Por isso, nas aulas de animagogia enfatizamos que se deve buscar colocar amor em todos os atos, pois, dessa forma, a probabilidade do Universo nos escolher como instrumentos amorosos aumenta.
E dentro desta perspectiva, acreditamos que o carma seja inexorável. Ou seja, tudo o que devemos deve ser pago. Não acreditamos em moratória como aquela narrada por alguns movimentos espiritualistas que afirmam que Deus perdoou 50 % do carma da humanidade, na segunda metade do século XX, graças à intervenção de Saint Germain. Deus é sim misericordioso, mas não é racional imaginar que ele vai perdoar uma dívida sem que aprendamos a lição. É mais sensato imaginar que Deus pode até dar uma trégua, fazendo com que um débito que seria pago à vista seja saldado em suaves parcelas. Também faz parte da misericórdia divina permitir que missionários como Jesus, São Francisco e tantos outros encarnem para consolar, trazer força e coragem para que consigamos passar por nossas provações, uma vez que elas são importantes para o nosso aprimoramento espiritual.
Além disso, toda e qualquer dívida pode ser paga pelo "amor" ou pela "dor". Em qualquer uma das alternativas, sempre vamos receber aquilo que necessitamos e merecemos. Vou dar um exemplo. Vamos imaginar que eu combino antes de encarnar que por volta dos 40 anos de idade vou drenar para a Terra uma determinada quantidade de energia tóxica que se encontra em meu corpo astral (perispírito). Eu terei 40 anos para tentar drenar essa toxidade através do amor. Quanto mais energia negativa eu drenar desta forma, menos eu terei que drenar pela dor, quando aquela toxidade vai descer para a Terra na forma de uma enfermidade ou acidente. Assim, na hora prevista, a enfermidade ou acidente vai acontecer, mas a gravidade será proporcional à quantidade de toxidade que ainda resta para ser drenada. Se conseguir enxugar 80 % daquele carma com o amor, restará apenas 20 para drenar pela dor. Porém, se apenas 40 % daquela toxidade for drenada pelo amor, na hora do acidente ou da enfermidade terei que drenar os 60 % restante. Em qualquer um dos casos, recebi o que merecia e necessitava.
Enfim, o carma para a animagogia é uma realidade. Trata-se de uma lei que regula nossa vida humanizada em detalhes, mas temos o livre-arbítrio na intenção para amenizar o sofrimento e, o mais importante, para dirigir nossa existência pelo amor universal.
Além disso, toda e qualquer dívida pode ser paga pelo "amor" ou pela "dor". Em qualquer uma das alternativas, sempre vamos receber aquilo que necessitamos e merecemos. Vou dar um exemplo. Vamos imaginar que eu combino antes de encarnar que por volta dos 40 anos de idade vou drenar para a Terra uma determinada quantidade de energia tóxica que se encontra em meu corpo astral (perispírito). Eu terei 40 anos para tentar drenar essa toxidade através do amor. Quanto mais energia negativa eu drenar desta forma, menos eu terei que drenar pela dor, quando aquela toxidade vai descer para a Terra na forma de uma enfermidade ou acidente. Assim, na hora prevista, a enfermidade ou acidente vai acontecer, mas a gravidade será proporcional à quantidade de toxidade que ainda resta para ser drenada. Se conseguir enxugar 80 % daquele carma com o amor, restará apenas 20 para drenar pela dor. Porém, se apenas 40 % daquela toxidade for drenada pelo amor, na hora do acidente ou da enfermidade terei que drenar os 60 % restante. Em qualquer um dos casos, recebi o que merecia e necessitava.
Enfim, o carma para a animagogia é uma realidade. Trata-se de uma lei que regula nossa vida humanizada em detalhes, mas temos o livre-arbítrio na intenção para amenizar o sofrimento e, o mais importante, para dirigir nossa existência pelo amor universal.
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