segunda-feira, 25 de abril de 2011

ANIMAGOGIA PRESENTE NA UGA

 1º Artigo sobre ANIMAGOGIA

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Sábado, 23 de Abril de 2011 17:15
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 A animagogia não é mais uma doutrina, é prática diária de transformação interiorAdilson

 
Animagogia é um termo que cunhamos em 2003 para se referir, primeiramente, ao trabalho de esclarecimento espiritual que realizávamos com desencarnados desde 2001, buscando ajudá-los a manifestar toda sua Luz, libertando-se do Ego, uma espécie de “sujeira” ou agregado que o envolve. Para melhor compreensão, vamos imaginar um escultor que, ao tirar o excesso de mármore, revela uma bela imagem que se ocultava no interior daquele bloco. Enfim, como dizem os Orientais, ninguém se torna aquilo que já não é. Ou seja, só podemos nos tornar seres iluminados se a Luz já estiver dentro de nós. Não temos como alcançar aquilo que não se encontra dentro de nós. assim, se nós somos a imagem e a semelhança de Deus e Ele é amor, isso significa que o Amor e a Felicidade são inerentes. Não precisamos buscá-los fora de nós. E esse é o foco da Animagogia: ajudar o espírito a se libertar do Ego, ou seja, da consciência humanizada que ele ainda guarda, mesmo após a morte, e que o faz sofrer ou não perdoar aquele que ele imagina ser o seu algoz.
Nesse sentido, o espírito só se transforma em um obsessor ou pratica o chamado “assédio extra-físico” porque não se libertou dessa consciência provisória importante para a sua vida humanizada. Ao se libertar, ele vivencia algo como o despertar de um sonho. Percebe que não faz mais sentido continuar perseguindo o outro ou alimentar os vícios que cultivava na Terra.
Porém, a partir de 2005, notamos que não adiantava ficar esclarecendo o desencarnado e não fazer nada nesse sentido para o encarnado. Assim, o termo Animagogia passou a ser usado por nós em um contexto mais amplo. Todo e qualquer trabalho educativo de libertação do Ego passou a ser chamado de Animagogia, não importando se ele era realizado com encarnados ou com desencarnados. O que importava para caracterizar um trabalho educativo como Animagogia era o objetivo a ser alcançado. E,  no caso de um encarnado, o foco é ajudá-lo a compreender que ele não é um ser humano que, eventualmente, tem experiências espirituais. Ao contrário, ele vai se libertar de inúmeros sofrimentos quando tomar consciência que ele é um espírito eterno passando, momentaneamente, por experiências humanas. Quando você descobre que o espírito É, enquanto o ser humano apenas existe, deixa de fazer sentido boa parte dos sonhos e dos desejos humanos, assim como a vontade de ser poderoso, ter fama etc.
Um dos ensinamentos (psicosofia) da Doutrina espírita que a Animagogia valoriza é o que está presente na questão 258 de O Livro dos Espíritos onde encontramos a seguinte afirmação: o espírito escolhe um gênero de provas para vivenciar na Terra antes da encarnação. Ou seja, não foi por acaso que alguém nasceu homem ou mulher, rico ou pobre, brasileiro ou alemão, entre outras ilusões criadas pelo Ego e que geram sofrimento. Sabendo que não somos vítimas do destino, mas que estamos vivenciando somente aquilo que está de acordo com o gênero de provas que solicitamos, fica mais fácil vencer o Ego. Aliás, para vencer o Ego basta fazer exatamente as mesmas coisas que já fazemos, porém, não mais cegamente, guiados por impulsos, mas compreendendo que estamos representando um papel, como o artista de uma novela.
E o mais importante para vencer o Ego é vivenciar esse personagem com amor, ou seja, colocando amor em tudo aquilo que o nosso personagem fizer, não se preocupando se é algo importante ou não, segundo a ótica humana. Em outras palavras, para o espírito não importa se nosso papel como seres humanizados é o de coletar lixo ou o de operar alguém. Se esse ato material for realizado com amor, ilumina-se; se não houver amor, o espírito continua com a mesma quantidade de sujeira impedindo que sua Luz brilhe naturalmente. Por isso, não é o ato material que importa, mas como o mesmo é vivenciado.
Além disso, compreendendo que o ser real, o EU (o espírito), não é afetado pela matéria, a Animagogia procura ajudar o ser humanizado a vivenciar toda e qualquer vicissitude, seja ela positiva ou negativa, sempre com equanimidade, ou seja, com o mesmo estado de ânimo, não ficando eufórico nos momentos positivos ou agradáveis e nem ficando desesperado nos momentos negativos ou desagradáveis.
E qual é o fundamento teórico da animagogia?
Como a Animagogia não é uma doutrina ou uma religião, mas sim uma prática educativa, ela tem pressupostos teóricos. Estes se baseiam na psicosofia (sabedoria espiritualista) transmitida por seis mestres: Lao-Tsé, Krisna, Buda, Jesus, Espírito Verdade e Gandhi. Se pensarmos sem preconceitos, vamos tomar consciência que a cientificidade da Animagogia é a mesma de qualquer outra proposta educativa, mesmo da mais materialista, já que até a existência da matéria é uma pressuposição teórica e não um fato. Nenhum cientista realmente sério foi capaz de provar que a matéria é ou que a vida se resume àquilo que é captado pelos cinco sentidos. O materialismo também é uma crença e não uma verdade comprovada. Não adianta dizer “eu só acredito naquilo que meus olhos vêem”, pois a ciência já demonstrou que o olho não vê nada, apenas recebe luz. Quem, de fato, “vê” é o cérebro, após decodificar determinadas e limitadas ondas visuais. Além disso, em sua essência, o próprio cérebro não passa de um amontoado de átomos ligados por um determinado campo de força. Em suma, o cérebro existe, mas não É.
Além disso, é importante não se esquecer que Krishna não criou as diferentes religiões e seitas hinduístas, apesar de muitas se fundamentarem em seus ensinamentos. Da mesma forma, Jesus não criou o catolicismo, o protestantismo ou qualquer religião que se diz cristã, e muito menos daquelas que cultuam os ensinamentos (psicosofia) presentes no Antigo Testamento, no qual Deus se assemelha a um carrasco que distribui punições e castigos. Por isso é importante saber distinguir a psicosofia desses mestres e as religiões que foram criadas por seus discípulos.
Resumidamente, é em Lao-Tsé, nos vários poemas que formam o Tao Te Ching, que vamos compreender que o Ego nos afasta de Deus. Também encontramos as quatro virtudes (não-lutar, não-saber, não-ação e não-desejo) que são os caminhos para se libertar das verdades criadas pelo Ego e conseguir vivenciar o Amor universal, a Felicidade incondicional e a Fé, sentimentos que estão na essência dos ensinamentos dos demais mestres.
Em Krishna, por exemplo, é a Fé incondicional que encontramos. Em seus ensinamentos conseguimos compreender que de fato Deus é a causa primária de todas as coisas. Assim, tendo fé em Deus e não em doutrinas, seitas ou religiões, conseguimos passar pelas vicissitudes da vida com os dois sentimentos mais importantes do espírito: a Felicidade e o Amor. E vivenciar sua vida humanizada sempre Feliz é a essência dos ensinamentos de Buda, lembrando que Felicidade é diferente de euforia, como alguns neurocientistas parecem acreditar. A Felicidade ensinada por Buda é a Paz interior, uma sensação de equilíbrio e plenitude que não tem relação alguma com a euforia que vemos, por exemplo, em torcidas de futebol após um time ser campeão. A Felicidade que Buda ensina é universal, ao contrário da euforia. Para esta existir, alguém precisa, necessariamente, perder. Essa sensação prazerosa que se obtém quando se conquista algo, mas que necessita que alguém, de outro lado, perca, nunca poderia ser chamada de felicidade, segundo Buda.
Em seus ensinamentos conseguimos compreender que os apegos e as aversões a qualquer coisa que aconteça é o que nos faz ficar eufóricos ou sofrer. Vivendo uma vida livre de apegos ou aversões, a Felicidade, que é um estado natural do espírito, consegue se fazer sempre presente em qualquer momento, não importa se estamos diante de um fato agradável ou desagradável. Como dissemos, Felicidade é paz interior, é equilíbrio, é estar bem consigo mesmo, não importa o que acontece externamente.
E o amor é o sentimento magno. É o sentimento que deveríamos colocar em todas as nossas ações. Para a Animagogia, o espírito Puro apenas pulsa amor, na forma de energia indelével e criadora de formas mentais, astrais e físicas harmoniosas. Quando nos libertamos do Ego, a consciência provisória que nos impede de expressar nossa verdadeira essência (e que nos leva a pensar o mundo dividido em “vítimas” e “algozes”, em “certos” e “errados” entre outras falaciosas dicotomias), não conseguimos mais ter ódio ou rancor de ninguém, não importa o que esse fale ou faça. Mesmo aquele espírito humanizado que age motivado pelo Ego será alvo da nossa ação amorosa, receberá nossas vibrações de apreço, pois, de uma ou outra forma, ele também será um instrumento nas mãos de Deus, que vai usar o sentimento não-amoroso nutrido por ele para criar as provas dos demais, escolhidas antes da encarnação. É por isso que nossos atos nunca serão injustos. Da mesma forma, tudo o que o outro fizer conosco também não será nunca injustiça. Cada um apenas recebe, no plano físico, o que necessita e merece, a cada momento de sua existência. Mas tem resguardado o livre-arbítrio para expressar ou reagir com amor ou com egoísmo às situações que aparecerem em sua vida humanizada.
Assim, liberto das verdades criadas pelo Ego é possível amar universalmente. Quando se tem essa compreensão é possível não se ofender com nada que aconteça ao nosso personagem humano Mas, se por alguma razão, acreditarmos no Ego e nos ofendermos, podemos, em seguida, perdoar, como ensina Jesus nos evangelhos.
Em suma, somos livres para vibrar sempre energia amorosa para a “vitima” e para o “algoz”, tratando a todos com equanimidade, inclusive a nós mesmos, aceitando o nosso personagem da forma como o criamos: gordo ou magro, feio ou bonito, atraente ou repelente, homem ou mulher, preto ou branco etc.
Como dissemos, a Animagogia, atualmente, é realizada tanto com desencarnados (em reuniões mediúnicas criadas para esse fim) e com encarnados. Porém, seu objetivo básico é auxiliar na libertação das verdades criadas pelo Ego, o que é feito através de um diálogo fraterno e do uso de recursos complementares, que vão ajudar nesse processo (reiki, florais, cromosofia, dialogo com espíritos, regressão de memória etc.).

 

Um comentário:

  1. Grata Adilson, por sua maravilhosa contribuição, elucidando questões complexas e extremamente importantes para vivermos na integralidade, corpo, mente, alma e espírito. Quanto mais entendermos desses processos, mais poderemos nos livrar dos entraves e obstáculos que impedem alcançarmos nossa plenitude como seres divinos que somos.
    Seja sempre bem-vindo na UGA
    Sandra Mara

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