A UGA deseja à todas as famílias uma Feliz Consagração do Amor de Cristo Ressuscitado em nossas vidas. Feliz Páscoa.
Pintura de Sandra Boeschenstein "A consagração do Vinho e do Pão."
Atitudes pascais
Pe. Rafael Vieira, CSsR
Os judeus a celebram como memória-agradecida pela libertação do cativeiro egípcio. Libertação do cativeiro, que fique bem claro! O Deus de seus pais realizou grandes coisas em favor do povo e instruiu as famílias a fazerem uma refeição ritual para marcar, perpetuamente, esse fato inesquecível. No tempo de Jesus, a Páscoa dos judeus já estava descaracterizada dessas intenções originais. Flagrantemente oprimiam, para celebrar o rito de libertação da opressão. Jesus, o Justo e Santo, foi assassinado, com refinada covardia, na véspera da Páscoa. Mas Ele próprio a celebrou retomando seu sentido primeiro e oferecendo-se como novo cordeiro. Não é muito diferente do cenário de hoje em relação à Páscoa de Cristo.
Olho para nossas igrejas e ouço tanto barulho. Vejo tanto penduricalho. Constato a passagem da tsunami do consumo no coração de nossas comunidades de fé. Por onde passa com seus ovos de chocolate deixam pelo caminho pessoas confusas, apatia generalizada e muito lixo espiritual representado pelas repetições vazias. A ceia da Páscoa realizada por Jesus terminou com um gesto extraordinariamente prático: o lava-pés. Não há chances para escamotear o sentido da Páscoa cristã levando-o para o etéreo. Jesus “tira o manto” e se “abaixa” para lavar os pés dos discípulos como “Mestre e Senhor”, professor e Filho de Deus. Para ensinar e para dar testemunho a respeito do único compromisso que se deve fazer com os céus: servir por meio da reverência ao outro como lugar da morada divina.
Celebrar a Páscoa, para nós cristãos, em abertura para todas as outras manifestações da fé presente nas igrejas e em outras religiões como também em atitude de respeito pelas pessoas que escolheram não abraçar uma instituição religiosa, é o mesmo que celebrar o compromisso de servir, de reconhecer no irmão e na natureza, a presença do ressuscitado. Páscoa em Cristo é passagem da hostilidade e da indiferença para a compaixão; a superação do egoísmo; a saída do fechamento em torno dos próprios interesses e a descoberta do amor pelo semelhante de todas as raças, de todas as cores, de todos os credos; o distanciamento da lógica do “bateu, levou” para um abraço na ética da não-violência; o abandono consciente da mania de julgar para o acolhimento do outro como ele é e uma decidida atitude de fazer o bem sem contabilizar o retorno. Generosidade.
Páscoa. Mudança para uma vida melhor e iluminada. Cristo vive em cada sorriso.
Abraço fraterno ao pessoal da UGA.
Pe. Rafael Vieira, CSsR
Pintura de Sandra Boeschenstein " A Santa Ceia"
A UGA HOMENAGEIA
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